#PostDeSegunda – Escolas cervejeiras
Olá, pessoal! Continuando nossa jornada de informações sobre o mundo cervejeiro, hoje vamos tratar sobre as escolas cervejeiras. Denominamos aqui escola cervejeira o conjunto de características relativas a ingredientes e processos de fabricação que nos permitem agrupar determinados estilos de cerveja, normalmente originados de segmentações geográficas. Dentro do gigante universo de opções que temos relativamente às cervejas, 3 são as chamadas escolas tradicionais: a escola alemã, inglesa e belga. Cada uma destas escolas reforçam algum aspecto específico com relação aos ingredientes ou à fabricação, como veremos a seguir.
Escolas cervejeiras
Escola alemã
A escola alemã é uma das principais contribuidoras para o que entendemos hoje como cerveja propriamente dita, sendo o berço das cervejas do tipo Lager. Durante a Idade Média, o controle no processo de fabricação da cerveja não era consistente, o que causava uma grande variação no resultado final das cervejas. Com o objetivo de se padronizar e organizar este processo, em 1516 foi elaborada a famosa Lei da Pureza (Reinheitsgebot). Esta lei determinava que a cerveja deveria conter apenas em sua formulação água pura, malte e lúpulo. Ainda não se conhecia a levedura naquela época, sendo que a mesma foi posteriormente adicionada na referida lei. Dentro deste aspecto, então, o fator marcante nas cervejas alemãs é o seguimento desta lei e, fundamentalmente, as variações no uso do malte. As diversas nuances no uso deste elemento são uma característica importante desta escola. Dentre os diversos estilos alemães, podemos citar o Bock, Weissbier, Dunkel, Helles, Kölsh e Rauchbier entre outros.
Como curiosidade, foi a República Tcheca e não a Alemanha que nos deu o estilo mais famoso e consumido no mundo que é o Pilsen.
Escola inglesa
A escola inglesa se caracteriza inicialmente por ser muito associada ao estilo Ale. Tanto é que os ingleses, até hoje, chamam suas cervejas de Ale e as do tipo Lager de beer! A escola inglesa originalmente foi caracterizada por cevejas fortes e adocicadas como as Porter. Porém, um ingrediente causou uma mudança forte nesta escola: o lúpulo. Originalmente utilizado como conservante (principalmente na época das grandes navegações), este ingrediente se tornou cada vez mais utilizado e é marca característica de diversos estilos originalmente ingleses como o famoso IPA (India Pale Ale) e as Bitters. Além destes estilos, uma das principais contribuições da escola inglesa ao mundo cervejeiro está relacionada à maneira de se consumir a cerveja que são os pubs.
Escola belga
Sem as amarras da lei da pureza alemã, a escola belga se caracteriza principalmente por dois fatores: as variações no uso da levedura e a adição de adjuntos (frutas, ervas e especiarias) à cerveja. Estes dois fatores agregam novos sabores e experiências no consumo cervejeiro. Outro fato nesta escola é a importância dos mosteiros. As cervejas trapistas são originadas destes mosteiros, que ainda preservam características de fabricação que remetem ao período em que os monges fabricavam este precioso líquido… Dos sete mosteiros trapistas existentes no mundo hoje, seis estão na Bélgica. Além dos mosteiros, diversas abadias também contribuem com suas cervejas únicas e especiais. Estilos característicos desta escola são as Belgian Ales, Dubbel, Trippel, Quadruppel, Blond Ale e Witbier.
Observações finais
Além das três escolas cervejeiras citadas, outra região que tem ganhado recente destaque e já é denominada por muitos uma nova escola são os Estados Unidos. A chamada escola americana se caracteriza pelos extremos, levando os estilos existentes aos seus limites. Vale muito a pena a experiência também. Ainda não podemos falar de uma escola brasileira de cervejas, mas o crescimento do movimento homebrew brasileiro e das micro-cervejarias, associados ao uso de ingredientes locais, isto pode acontecer em breve por aqui também.
Abraços e até a próxima segunda!
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